quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Limpar as mãos à parede

Nos últimos dias, mais atarefado, fiquei com disponibilidade limitada para fazer uma das coisas que mais gosto: ler jornais. Continuei a comprá-los e estou agora “a por a leitura em dia”. Só agora pude ler os jornais do passado fim de semana e surpreendeu-me que o Record tenha dedicado um oitavo (cinco-páginas-cinco) da sua edição de sábado a uma entrevista com o antigo Diretor do Departamento de Futebol Profissional do Benfica, António Carraça.

Ao longo dos anos que compro o Record tenho raramente tido a oportunidade para ler trabalhos tão extensos como este. Li-o com curiosidade até me deparar com uma declaração “octaviana”. A partir daí perdi o interesse.

Vamos à transcrição:

“António Carraça – Sou frontal e direto sempre que tenho de tomar uma posição e digo sempre o que penso, cara a cara, olhos nos olhos. Ao contrário de algumas figuras decorativas, “papagaios” pequeninos, feios e vulgares, de interesses duvidosos e que vagueiam no universo Benfica de forma sorrateira e interesseira, aproveitando todas as oportunidades para aparecerem na fotografia e na televisão. E que, cobarde e intelectualmente mentirosos, desrespeitaram o meu trabalho e o do meu grupo e de forma maldosa teceram comentários acintosos e de falta de solidariedade institucional.
Pergunta – Quem são os papagaios?
António Carraça – Todos os que estão atentos ao que se passa no clube sabem a quem me refiro”.

Octávio Machado não teria dito melhor. Mas para quem é frontal e direto e que diz o que pensa, cara a cara e olhos nos olhos, bem pode limpar as mãos à parede…

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